PARLAMENTO ESCOCÊS, A BUSCA PELA FORMA PARA REPRESENTAR UM TERRITÓRIO
AUTORES:
Mateus Cardoso dos Santos (ArqUrb/UEG) – e-mail: mateuscardoso986@gmail.com
Mikelly Priscila
Silva Pinto (ArqUrb/UEG) – e-mail: priscilamikelly@gmail.com
RESUMO
O explanado trabalho, titulado como Parlamento Escocês, A busca pela forma para representar um território, tem como objetivo analisar e discutir o projeto que marcou um novo momento político no pais escocês. Num primeiro momento faz-se uma análise ao nascimento do parlamento, analisado a importância do parlamento para aquele país. Em seguida é analisado o mecanismo a qual Miralles seguiu para conceber o projeto formal do edifício, por meio das documentações de apresentação (Enric Miralles, Scottish parliament Building proposed team, 1998). A qual foi usado por Miralles, para vencer o concurso de melhor projeto para o parlamento escocês. partindo disso foi analisado como a forma se materializou na busca da representação de um território.
PALAVRAS-CHAVE: Parlamento Escocês, Arquitetura Contemporânea, Enric Miralles, Edimburgo.
O Parlamento Escocês, ao primeiro olhar, você se depara com um edifício bastante complexo, composto por formas orgânicas, em alguns momentos abstratas, podendo ser interpretada por meio de vários sentidos que o corpo humano possui. O primeiro sentido que o parlamento Escocês, apresenta é a, visão, faz você parar e analisar uma forma orgânica, complexa, que é preciso de muita atenção para conseguir interpretar o que o arquiteto Miralles, pesou e projetou por meio da sua arquitetura. O segundo deles é o, Olfato, que é bem presente no paisagismo do parlamento, tanto no jardim interno como externo, que se apresenta por meio do cheiro das flores silvestres. O terceiro deles é a, audição, logo na entrada do parlamento você se depara com um paisagismo bastante audível, Miralles, projetou um parque com flores silvestres, árvores e arbustos indígenas da Escócia, ele especificou o uso de gramíneas e árvores selvagens, com isso o paisagismo conseguiu atrair muitos pássaros, como exemplo do pintassilgo, que é conhecido por ter uma deliciosa canção.
Enric Miralles, arquiteto Espanhol-catalão, é conhecido por conseguir “imprimir paixão e emoção em seus projetos arquitetônicos. Enric Miralles, teve suas fontes que é claramente inspirada por, (Antoni Gaudi, Josep Maria, Jose Antonio Coderch, Alejandro de la Sota ou Alison e Peter Smithson), a linguagem de Enric, trata-se de uma arquitetura na qual, assim como nos sonhos , se sobrepõem tempos matérias e camadas obras que se relacionam com o contexto, destacado extrato e lançando balanços e nas quais cada detalhe (a maneira do romantismo e do surrealismo) se torna individual independente, vivo e repensado de um novo modo”. (Josep Maria Montaner, a condição contemporânea da arquitetura, editora Gustavo Gili, sl, Barcelona, 2016). Enric Mirrales, foi o escolhido para projetar o edifício do parlamento escocês de Edimburgo, capital da Escócia. No dia 6 de julho de 1998. (The Scottish Parliament Pàrlamaid na h-Alba, datas marcantes na construção do parlamento escocês, Edimburgo, 13 de setembro 2004).
“Será um dia para toda A comunidade da
Escócia – um dia de tranquilidade e dignidade escocesa. A abertura marca um
novo começo uma oportunidade para todos nós nos concentrarmos, porque estamos
aqui: não para construir um edifício, mas para construir uma melhor
Escócia". (Declaração do Presidente Oficial George Reid, quando anunciou a
data de abertura do Holyrood. Segundo a revista de abertura de holyrood
programa comemorativo).
O parlamento escocês foi inaugurado no dia 9 de outubro de 2004, a cerimônia contou com a presença da Rainha Isabel II, a qual descreveu o edifico, “como um marco para a democracia do século 21”. Segundo dados fornecidos pela página oficial do parlamento escocês, (The Scottish Parliament Pàrlamaid na h-Alba, Revista de abertura de holyrood, programa comemorativo parlamento Escocês, Edimburgo, 2004).
O Parlamento Escocês, ao parar e analisar a
figura 1, a qual descreve a planta do edifício, pode ser interpretado algumas
linguagens a qual o arquiteto Enric Miralles, buscou e elaborou por meio da forma
para o parlamento, é notável as formas bastante livres e abstratas. Não traz em
nenhum ambiente uma forma retangular convencional, todas bastante própria para
o parlamento Escocês. O parque paisagístico, é bastante importante para a obra,
porque busca a interação com o seu entorno, o edifico fica aos pés da colina de
Arthur's Seat, que destaca como principal pico
do conjunto de colinas de Edimburgo, que forma a maior parte do Parque Holyrood.
O Parlamento Escocês é pautado pelos seguintes ambientes, 1 Entrada pública, 2 Plaza, 3 Espelho d´água, 4 Torre de imprensa, 5 Câmara de debate, 6 Torre um, 7 Torre dois, 8 Torre três, 9 Torre quatro, 10 Torre cinco, Cannongate Bldg. 11 Escadaria Principal, 12 Entrada de MSPs, 13 Lobby, 14 Jardim, 15 Casa Queensberry, 16 Edifício MSP, 17 Cobertura de relva, 18 Estacionamento e entrada de veículos, 19 Parque paisagístico.
Iremos decorrer por meio desse ensaio pelo edifício por completo, seguindo a planta da figura 1 anexada a cima, buscando referir como foco na forma a qual Miralles, projetou para o edifício parlamentar da Escócia. O primeiro ambiente é a entrada pública item 1, a qual está demostrada na figura 2, ao chegar ao parlamento escocês, os visitantes se deparam com a um fachada bastante emblemática, que se expressa por si próprio no meio da paisagem de Edimburgo, a materialidade empregada na cobertura da marquise que marca a entrada, é composta por relva que se materializa por meio de galhos secos representando a natureza do Parque Holyrood, estruturada por uma estrutura de aço, com o formato seguindo a ideia empregada no paisagismo externo do parlamento, como se tivesse trazendo a continuidade da topográfica do monte Arthur's Seat.
“O Parlamento fica na terra
porque pertence à Terra Escocesa. ... Não queremos esquecer que o Parlamento
escocês estará em Edimburgo, mas pertencerá à Escócia, à Terra Escocesa. O
Parlamento deve ser capaz de refletir a terra que representa. O edifício deve
se originar da base inclinada do assento de Arthur e chegar à cidade quase fora
da rocha”. (Enric Miralles, Scottish parliament Building proposed team, 1998).
Enric Mirrales, descreve o edifício como uma propriedade que se integra naturalmente a terra escocesa, ou assim ele queria que se tornasse. Partindo desse conceito podemos dialogar da seguinte forma, Mirrales escolheu representar a natureza do parque Holyrood, por meio de galhos secos sobre a marquise de entrada do parlamento, assim buscando evidenciar o parque que se encontra a frente do edifício, de uma forma que o observador continuasse tendo a ligação com natureza em sua volta. E um ponto importante na busca pela forma, é que a marquise não mante sua altura fixa, ela se encontra inclinada, gerando uma continuidade da topografia do paisagismo em sua volta.
2. Plaza
O ambiente da Plaza complementa a entrada
pública, apresentada na figura 3, como um local contemplativo ao parque
paisagístico, sendo trabalhado o desenvolvimento de caminhos, em conjunto ao
espelho d’água, trazendo uma linguagem linear e continua de encontro a composição
da fachada. A praça traz assentos no formato de
embarcações para os visitantes poder descansar e contemplar a arquitetura a sua
volta. Pode se dizer que ao sentar em um assento que tem o formato de barcos, “o
visitante embarca em um viajem pelas belezas do país Escocês. buscando o traço e a linguagem que valorizasse a terra
escocesa, por meio da observação”.
3 Espelho d’água
Espelho d´água, Item 3 da figura 1, o paisagismo é marcado por três espelhos d´ água, demostrado na figura 4, formando o conjunto do paisagismo do parlamento em sua área externa, o arquiteto busca materializa a linguagem natural a qual o parlamento é abraçado, por se localizar dentro do Holyrood Park. Enric Miralles queria que a nova paisagem do Parlamento ecoasse a paisagem e a geologia do próprio Holyrood Park. O formato dos espelhos d´ água, forma lagoas que tem a forma bastante abstrata, não traz uma linguagem representativa da natureza escocesa.
Segundo Miralles, ele busca representa a forma de dois lugares, a primeira delas é as lagoas do parque Holyrood, e a segunda a forma das embarcações viradas, a qual ele faz menção em sua apresentação inicial ao concurso para projetar o parlamento. Porém, a linguagem expressada nos espelhos d’água, não demostra com qualidade a terra escocesa, a forma se apresenta como uma linguagem orgânica, buscando a interação com o paisagismo e com o seu entorno, mas por meio de uma forma muito complexa, que acaba ficando por conta do observador a relação que ele interpretar.
4. Torre mídia
Localizada na esquina da entrada principal entre as ruas horse wynd e canongate, a torre de mídia se compõem em 4 andares com piso térreo como salão principal, o mezanino tem acomodações aos jornalistas. A fachada apresenta painéis externos em granito e carvalho, com efeito de ritmo entre os padrões, trazem um efeito de continuidade.
5. Câmara de debate
Ambiente 5 da figura1, chegamos à câmara de debate, apresentado pelas figura 5 e 6, é o espaço mais importante de um edifício parlamentar, à primeira vista a câmara se destaca por meio do seu grande volume estrutural, A estrutura da cobertura é feita de aço armado e vigas laminadas de carvalho. Assim permitindo que a Câmara tenha um vão de 30 metros sem colunas de sustentação.
A área interna da câmara, é marcada por grandes painéis de vidro laminados. Os painéis de vidro têm o destaque a qual Enric Miralles, buscou para o ambiente, que é os desenhos de figuras humanas escalonadas, como se as pessoas estivesse em uma arquibancada, buscando assim trazer a escala humana para a câmara, porem ao analisar os painéis, é notável a apresentação que remete aos serem humanos, a qual são os interesse debatidos naquela sala. Porém, a apresentação não alcança a ideia pensada pelo arquiteto, que era para uma comoção tanto espiritual e estica nacionalista, deveria ter uma linguagem mais trabalhada na cultura escocesa, que a partir desse ponto poderia trazer um marco nacionalista a câmara de debate.
Ao analisar as figuras 5 e 6, é indubitável não notar nesse momento um grande excesso do arquiteto, para com os moveis da câmara, um forte olha para as linguagens a qual ele usaria para finalizar o acabamento, ele desenhou cada detalhe especifico para as mobílias, a qual foi o grande percussor da polemicas financeiras para com a construção do edifício. Enquanto as exigentes especificações arquitetônicas tiveram uma programação de um infeliz efeitos colaterais financeiros, foi estimado inicial, que o edifício custaria cerca de £ 109 milhões, mas a obra foi finalizada na marca de £ 414 milhões, com isso ouve grandes críticas ao edifício, gerando uma comoção da população, que pediram até a demolição do prédio do parlamento escocês. assim colocando em conta o preço para se ter uma forma.
6. Torre 1/, 7. Torre 2/, 8. Torre 3/, 9. Torre 4
Quatro
torres se espalham por trás da Câmara de Debate formando os Edifícios da Torre.
As torres 1 e 2 abrigam as salas de comitês do Parlamento escocês, e fornecem
espaço de escritório para funcionários de comitês. As torres 3 e 4 recebe o escritório
para ministros. As torres são frequentemente chamadas de Torres de Comitê.
As
coberturas do Edifício Tower têm a forma organiza que remete aos barcos virados,
que é um marco para a história escocesa. A cobertura é revestida de aço
inoxidável, as Torres são revestidas a granito e apresentam os mesmos painéis
distintos da Torre de mídia, alguns em granito e outros em carvalho. A forma
traz a ideia principal do arquiteto, a busca pela representação da linguagem da
Escócia, assim fazendo menção a forma de embarcações que marca a terra
escocesa.
10. Torre cinco, Cannongate.
O
Canongate Building, incorpora um edifício completamente novo. As Características
de design da fachada original do Canongate, foi mantida, junto com os frontões
existentes. O restante do edifício original foi demolido dando lugar a uma nova
estrutura em aço e concreto. A nova parte do edifício é uma impressionante
estrutura em balanço de dois andares. Sobre a fachada do edifício Canongate está a Parede Canongate. O
projeto geral da Parede foi de Sora Smithson, e incorpora uma variedade de
pedras escocesas, esculpidas por Gillian Forbes e Martin Reilly, colocadas em
grandes painéis de concreto. Na extremidade inferior da parede está uma
paisagem urbana baseada em um esboço de Enric Miralles do centro histórico de
Edimburgo, visto de seu quarto no Balmoral Hotel na Prince's Street em
Edimburgo.
É encontrado na torre cinco, momentos em que o arquiteto traz a linguagem da terra escocesa em sua arquitetura, por meio do o uso da pedra escocesa, o uso da paisagem urbana que marcou o momento em que Miralles viveu durante a concepção do projeto, e são pontos importantes para a forma final do parlamento.
11. Escadaria Principal
Ponto central de ligação as torres 2, 3 e 4, em conjunto ao lobby, sua desenvoltura apresenta dialogo aos ambientes de ligação quanto ao uso de carvalho e vidro. A iluminação zenital nas coberturas traz a forma um pouco imaginaria, pode se relacionar com folhas, com os barcos virados, etc. e isso traz ao ambiente uma nova perspectiva de desenho onde a luz percorre em seu interior. A forma como a escadaria se desenvolva dá envolvimento e sequencia dentro do edifício, o carvalho é uma ótima utilização de material trazendo o traço das grandes florestas escocesas.
12. Entrada de MSPs
Tem
uma fachada única do alojamento dos escritórios dos membros. A forma das
janelas foi inspirada em um esboço do Reverendo Robert Walker, patinando no
Lago Duddingston, tirado da famosa pintura de Raeburn. As janelas são feitas de
aço inoxidável e emolduradas em carvalho, com as treliças de carvalho
proporcionando privacidade e sombra para alguns MSPs, e o revestimento em torno
das janelas é um mosaico.
13. Garden Lobby
Item
13 da figura 1, é o ambiente Garden Lobby, é um salão aberto para o jardim do
parlamento, foi projetado entre os escritórios (msps), e o edifício de
Queensberry House, está localizado ao sul da Queensberry House e o salão é
aberto para o Jardim do Parlamento, por isso leva o nome de Garden lobby. Assim
gerando uma rota principal entre os ambientes como o Escritórios dos MSPs para
a Câmara de debate e salas de comitês, acesso à Queensberry House, ao edifício
Canongate e aos restaurantes formais. O Garden Lobby, se destaca
arquitetonicamente como o ponto principal da proposta de Enric Mirrales, para o
parlamento Escocês, a qual é proposto grandes abertura zenital, são doze luzes em
forma de folha e embarcações. Feitas de aço inoxidável e vidro com suportes de
carvalho sólido, as luzes únicas da cobertura permitem que muita luz natural
penetre no espaço. Os painéis têm um uso funcional, permitindo aberturas
automaticamente para permitir que a ventilação natural circule ao redor do
Garden Lobby.
14. Jardim
O jardim parlamentar é baseado em um tradicional jardim de nós escocês. Pretendia-se que o estilo tradicional do jardim funcionasse como um contraste com o design moderno do edifício. O jardim contém cercas de caixa tradicionais, bem como uma fileira de macieiras e peras. Estas árvores foram plantadas como um lembrete de que o jardim está localizado no local do antigo Queensbury House Orchard. Ele também contém um pequeno jardim de ervas que cultiva Marjoram, Lavanda, Alecrim, Tomilho e Sage. Foram incorporadas ao projeto do jardim Ardósias quebradas. A ideia do projeto era pegar o cinza vertical do edifício e colocá-lo horizontalmente no jardim. Plantas de escalada foram plantadas ao longo da parede traseira do jardim. À medida que estes crescem, eles ajudarão a desenvolver a imagem que o edifício se mistura à paisagem. Além disso, as plantas e arbustos no jardim foram escolhidos para refletir as principais cores da festa de amarelo, vermelho e azul.
15. Casa Queensberry
O
ambiente 15 da figura 1, é a casa queensberry, assim apresentado na figura 11, o
edifício queensberry house, foi construída para a Dame Margaret Douglas, de
Balmakellie, e em 1997 a casa é adquirida pelo
escritório escocês para o novo edifício do parlamento escocês. O arquiteto Enric Miralles, teve a missão de
integrar o edifício tombado pelo século XVII, ao seu projeto, o edifício foi reformado,
mas a escolha pelo arquiteto foi de manter a sua estética tradicional da cidade
local, seus ambientes foram restaurados e devolvidos à sua altura original.
estruturalmente o prédio foi reforçado por toda parte. O ambiente recebe o
cargo de presidente, dois vice-presidentes, o chefe do executivo. O edifício manteve
sua entrada principal para a rua Canongate que está aberta para a fachada
noroeste, e o lado oposto do edifício é onde acontece a interligação
arquitetonicamente com o ambiente do salão do parlamento,
Com
a arquitetura típica escocesa, a casa queensberry apresenta em sua fachada sua
forma simétrica e ritmo pelas janelas pela qual julga sua aparência e
imponência e tradição. O arquiteto sustenta sua ideia de representar a terra
escocesa, no ambiente queensberry, mantendo a fachada original do edifico,
mostrando o valor da obra para a cidade de Edimburgo.
16. Edifício MSP
O Edifício MSP oferece acomodação para 108 MSPs. O edifício tem 6 pisos na extremidade norte, descendo para 4 pisos na extremidade sul. Cada escritório é construído em torno de uma única estrutura de concreto vazado no local com um teto abobadado de concreto pré-moldado pesando 18 toneladas. Cada abóbada contém uma característica de desenho abstrato de Enric Miralles.
As Características de design das Janelas salientes do MSPS, ocupam 108 dos escritórios e os outros são usados como salas de recursos partidários. Espaços de contemplação cada escritório com janela saliente tem um assento na janela e prateleiras. Esta área foi projetada como um 'espaço de contemplação' por Enric Miralles. Existem duas profundidades de assento na janela, 1 m de largura e 0,5 m de largura. Interior do escritório cada espaço de escritório divide-se em dois, com uma sala com cerca de 12m² voltada para o corredor para o pessoal do MSP e um escritório interior com 15m² para o MSP. Móveis sob medida foram criados com o design de Miralles.
17. Cobertura de relva
A cobertura de relva compõe o item 17 da figura 1, o ambiente se apresenta por meio da figura 13. Na cobertura de relva, o arquiteto buscou trazer a interação com a natureza gerando uma continuidade do Arthur's Seat, que é o principal pico do conjunto de colinas em Edimburgo. O arquiteto apresentou no arquivo de apresentação da sua proposta para o edifício o seguinte tema, “O parlamente senta-se na terra. A Escócia, é um terreno... não é uma série de cidades. O parlamento deve ser capaz de refletir a terra que represente”. (Enric Miralles, Scottish parliament Building proposed team, Edimburgo,1998.)
Partindo desse ponto analisamos a linguagem a qual foi empregada na cobertura de relva. Ele trabalha o paisagismo começado desde o parque que se localiza na parte externa do edifício, o parque fica bem compacto traz um formato que acompanha a topografia do local. o arquiteto projeta a cobertura de relva seguindo a ideia de representa a forma topográfica do local, por meio da inclinação, diante disso traz a ideia do edifício está saindo da terra.
18. Estacionamento e entrada de veículos
O
estacionamento apresenta uma forma circular facilitando o acesso sendo envolto
por uma escadaria em forma de anfiteatro pela qual dá acesso ao our dinamic
Earth, sendo assim o parlamento se dispõe com fluxo transitório de ótima
proporção.
19. Parque paisagístico
O parque paisagístico, se localiza na área externa do parlamento, e se encontra como um espaço de suma importância para a materialização da proposta do edifico, partindo desse ponto, o parque foi projetado aos pés da colina de Arthur's Seat, e ao lado do parque Holyrood, de forma que o edifício pudesse nascer saindo da colina por meio do paisagismo. Assim revelando uma arquitetura topográfica, o parque fica bem compacto traz um formato que acompanha a topografia local e gera três níveis no paisagismo, que traz uma harmonia muito satisfatória para o edifício. imagem apresentada na figura 15.
“O
Parlamento se senta no país porque pertence à Terra Escocesa. ... Não queremos
esquecer que o Parlamento Escocês será em Edimburgo, mas pertencerá à Escócia,
à Terra Escocesa. O Parlamento deve ser capaz de refletir a terra que
representa. A construção deve se originar da base inclinada da cadeira de
Arthur e chegar à cidade quase fora da rocha” (Enric Miralles, Scottish parliament Building proposed team,
Edimburgo,1998.)
Enric Miralles, projetou um parque paisagístico com flores silvestres, árvores e arbustos indígenas da Escócia, especificou o uso de gramíneas e árvores selvagens já encontradas na área, bem como árvores que representam as encontradas em toda a Escócia. assim buscando a ideia de representar a forma mais próxima da terra escocesa.
Notas finais, como projeto de arquitetura, o parlamento é uma experiência sensorial quase avassaladora de formas complexas, materiais e dispositivos estruturais. Cada característica do edifício é excepcionalmente detalhada, com certos temas e linhas de visão claras unificando o projeto altamente abstrato, e assim compondo a forma da obra de arte que é o parlamento escocês.
Enric Miralles, vai a óbito no dia 3 de julho de 2000, em Sant Feliu de Codienes, Espanha. Infelizmente, a carreira do arquiteto foi curta. Ele morreu aos 45 anos e não chegou a ver a conclusão da forma a qual ele projetou para o parlamento escocês, a qual o levou a ser premiado em 2005 ao Prémio Stirling.
Referências.
Enric Miralles, Scottish parliament Building proposed team, Edimburgo,1998.
Josep Maria Montaner, a condição contemporânea da arquitetura, editora Gustavo Gili, sl, Barcelona, 2016.
The Scottish Parliament Pàrlamaid na
h-Alba, explorar o parlamento, Edimburgo, 13 de setembro 2004.
The Scottish Parliament Pàrlamaid na h-Alba, Revista de abertura de holyrood, programa comemorativo parlamento Escocês, Edimburgo, 2004.
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